A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da 20ª Parada do Orgulho LGBT+ da Bahia neste domingo (10), onde foi coroada madrinha. Uma multidão foi às ruas do centro de Salvador celebrar e reivindicar os direitos da comunidade LGBTQIAPN+, no encerramento oficial das atividades da VII Semana da Diversidade.
Além de Margareth, o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro; a promotora de Justiça de Defesa dos Direitos das Pessoas LGBT+ e de Combate à LGBTfobia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Márcia Teixeira; e a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, também receberão a honraria instituída pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).
Com concentração no Campo Grande, o evento neste ano teve como tema “Por mais diversidade no mundo corporativo”, assunto urgente que deve ser colocado nas agendas das empresas. “A pandemia de Covid-19 impactou a vida dos LGBT que perderam seus empregos, passaram muito sufoco, inclusive nas relações familiares”, afirma Marcelo Cerqueira, presidente do GGB. Ainda conforme Cerqueira, reduzir os vieses inconscientes nas contratações deve ser prioridade nas empresas.
A Parada se destaca por apresentar uma grade de atrações culturais, desde os ritmos clássicos dos DJ da cena local, artistas transformistas e bandas musicais no “Palco da Diversidade”. A banda feminina Frevância Elétrica foi a primeira a se apresentar, seguida por Aila Menezes, Chocolate Batidão, Nininha Problemática e Cortejo Afro.
A abertura do cortejo de trios foi marcada por discursos de representantes do GGB, autoridades e militantes da causa, que brindaram à coroação das madrinhas e padrinho da Parada, seguido do show da cantora Juliana Ribeiro. Ainda na avenida, onze trios elétricos arrastaram a multidão pelo circuito do Carnaval, levando muita música eletrônica e shows de artistas locais.
“Os direitos da comunidade LGBTQIA+ têm que ser garantidos como os direitos de todos os brasileiros. E essa retomada da parada gay aqui na Bahia, depois de três anos, é muito importante. E eu agradeço a homenagem, porque estamos aqui para fortalecer a democracia”, declarou a chefe da Cultura.
“Chega de mortes, chega de incompreensão, chega de discriminação, chega de preconceitos”, clamou a ministra antes de cantar para o público presente no ato.
Durante o cortejo de trios, Marcelo Cerqueira anunciou a mudança do evento para o circuito Ondina/Barra já na próxima edição. Essa foi uma das solicitações da juventude LGBT.