Esculturas de artista soteropolitana ganham destaque em nova exposição em Minas Gerais

Esculturas de artista soteropolitana ganham destaque em nova exposição em Minas Gerais

As esculturas de ferro da soteropolitana Rebeca Carapiá agora fazem parte de uma nova exposição no Inhotim, um dos principais museus de arte contemporânea do mundo, localizado em Minas Gerais. A exposição, intitulada Apenas Depois da Chuva, foi inaugurada no último sábado, 19 de outubro, e apresenta 20 peças de cerca de cinco metros cada, que deslizam sobre um dos lagos do museu. As obras foram produzidas pela própria artista no local, após um período de dois anos de trabalho.

Natural da Cidade Baixa, em Salvador, Carapiá é reconhecida pela sua habilidade em criar esculturas com ferro e cobre, explorando temas como corpo, território e memória. Sua nova instalação reflete a relação entre a água e o território, inspirada por sua imersão na Serra da Capivara, no Piauí. A artista tem explorado, ao longo de sua carreira, a “escrita” abstrata que aparece em seus desenhos e esculturas, criando uma linguagem visual única.

Além de Carapiá, o Inhotim também recebe obras de outros artistas renomados como Pipilotti Rist, com a instalação Homo sapiens sapiens (2005), e Rivane Neuenschwander, que expõe Tangolomango (2024).

Rebeca Carapiá é mestranda pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e destaca-se pela sua pesquisa sobre linguagem, corpo e conflito. Suas obras integram uma ampla reflexão geopolítica, abordando temas como racismo ambiental, economias da precariedade, tecnologias ancestrais e dissidências sexuais e de gênero. Através de esculturas, gravuras, desenhos e instalações, Carapiá busca expandir o debate sobre as normas da linguagem e as relações de poder.

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