Depois de três décadas, o Soweto está de volta à Bahia, trazendo consigo a rica história de uma relação marcada por amor e música. Essa conexão, construída ao longo dos anos, tem raízes profundas na cena cultural baiana. O grupo, surgido no início dos anos 90 e liderado por Robson Buiú e Belo, está agora em turnê pelo Brasil em comemoração aos 30 anos de existência.
“Estamos retornando depois de 30 anos e revivendo uma história tão linda com o Soweto, e a Bahia faz parte dessa história”, diz Belo, vocalista do grupo, com emoção evidente na voz. A nostalgia é palpável, enquanto eles relembram os tempos em que se apresentavam no famoso Casquinha de Siri. “Nós passamos muito por aqui, desde o Casquinha de Siri, uma época muito incrível pra gente. Nós tocávamos às segundas-feiras. É uma relação de amor de verdade.”
O Casquinha de Siri, que hoje já não existe mais, foi um ponto de encontro fundamental para o Soweto e seus fãs baianos. As segundas-feiras eram reservadas para os pagodes animados, onde a energia era contagiante e o público, apaixonado.
Enquanto se preparam para subir ao palco mais uma vez, Belo, Claudinho, Crisevertom e Dado Olliveira não escondem a empolgação de reencontrar velhos amigos. “A relação que a gente tem com a Bahia é uma relação muito bonita”, afirma Belo.
A trajetória do Soweto na Bahia também é marcada por grandes eventos. O primeiro show significativo do grupo em Salvador aconteceu no icônico Clube Espanhol, um marco na carreira e na memória dos integrantes. Esse evento não apenas consolidou a presença do Soweto na cidade, mas também criou uma base de fãs leais que acompanham o grupo até hoje.