Após sua participação no segundo dia do festival Coachella, nos Estados Unidos, a cantora Ludmilla se viu no centro de uma polêmica envolvendo acusações de intolerância religiosa.
Evangélica e recentemente proprietária de uma igreja no Rio de Janeiro, Ludmilla foi alvo de críticas por exibir durante sua apresentação na Califórnia uma imagem com os dizeres “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”.
A cantora se defendeu das acusações, afirmando que a imagem foi retirada de contexto para criar uma narrativa negativa contra ela. Em uma declaração, Ludmilla explicou que o vídeo exibido no telão durante a música “Rainha da Favela” mostrava diversos registros de espaços e realidades em que cresceu, e que o objetivo era lutar contra qualquer tipo de discriminação.
“Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, independentemente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade que as torne únicas”, afirmou a funkeira em um texto compartilhado nas redes sociais.
No entanto, alguns internautas destacaram que esta não seria a primeira vez que Ludmilla estaria envolvida em uma polêmica relacionada à religião. “Ludmilla, que é crente e muda letra de samba pra não falar das religiões de matriz africana”, observou um internauta. “Ela falou que tiraram do contexto enquanto muda letra pra não falar ‘candomblé’; ela acha mesmo que alguém pensaria outra coisa?”.
A polêmica gerou debates nas redes sociais sobre liberdade de expressão, respeito às diferentes religiões e a responsabilidade dos artistas ao lidar com temas sensíveis em suas apresentações. Ludmilla ainda não se pronunciou sobre possíveis medidas que tomará em relação às acusações.