A cantora Zélia Duncan é uma das personalidades confirmadas para participar da Bienal do Livro Bahia, que ocorrerá de 26 de abril a 1º de maio, no Centro de Convenções Salvador. Embora reconhecida por seus grandes sucessos musicais, a artista não se apresentará musicalmente durante o evento.
No último dia da programação da Bienal, Zélia Duncan participará de um debate sobre fatos históricos relevantes que têm sido frequentemente discutidos na atualidade e que influenciam o cotidiano das pessoas. Ao lado da historiadora Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do Projeto República, a cantora discutirá estratégias para lidar com o excesso de acontecimentos e informações, bem como a melhor maneira de narrar essas histórias em meio a esse contexto agitado.
O painel, intitulado “A história nos transforma em outras”, será mediado pela pesquisadora Edma de Góis, doutora em literatura pela Universidade de Brasília. O título do painel guarda relação com o sexto álbum de estúdio de Zélia, lançado em 2010, “Eu me transformo em outras”. Durante sua participação, a artista conectará suas ideias aos seus projetos e composições, como o álbum especial “Sete Mulheres pela Independência do Brasil” e o livro “Benditas coisas que eu não sei”, nos quais ela traduz em música e compartilha memórias da trajetória de sua carreira artística.
Heloisa Starling contribuirá para o debate com as revelações de seu novo livro, “A máquina do golpe”, lançado em março, que descreve detalhadamente o Golpe de 1964, trazendo à tona episódios inéditos e informações que estavam restritas à memória de testemunhas oculares e às páginas de jornais da época.