Sob os refletores de uma noite que celebrava não apenas a elegância, mas a genuína essência da cultura baiana, o casal emblemático, Léo Santana e Lore Improta, desfilou pela Noite da Aclamação nesta segunda-feira (29) em trajes que não só honravam a ocasião, mas também reverenciavam as raízes locais. Em um gesto de apoio à arte regional e à criatividade nata, eles brilharam em peças exclusivas da grife baiana, Ateliê Mão de Mãe.
A marca, concebida pelas mãos habilidosas de Vinicius Santanna, Patrik Fortuna e Luciene Santana, mãe de Vinicius e fonte inspiradora primordial para o nascimento desse empreendimento, traz à vida a tradição do crochê de forma singular.
Em uma entrevista ao portal Salvador Entretenimento, Patrick Fortuna compartilhou os desafios enfrentados no caminho até o reconhecimento merecido. “É um divisor de águas significativo. Infelizmente, tivemos que buscar reconhecimento além dos nossos limites regionais. Espero que as próximas gerações revertam esse quadro e valorizem verdadeiramente o que é nosso, o que é da nossa terra. Ver Lore usando um de nossos looks, concebido por nós, com o acompanhamento integral de Vinicius desde o princípio, é uma realização incrível.”
Com gratidão e emoção, Patrick reflete sobre esse momento na trajetória da grife. “É uma honra indescritível ver Lore e Léo vestindo nossas criações, especialmente neste momento em que a moda baiana ganha cada vez mais destaque nacional e internacional. É um movimento natural e necessário, uma evolução que precisa ocorrer.”
Vinicius acrescenta seu ponto de vista, reforçando o orgulho compartilhado não apenas por ele e Patrick, mas por toda uma comunidade de mulheres que contribuíram para esse sucesso. “É motivo de grande orgulho, não apenas para mim e Patrick, mas para todas as mulheres que têm colaborado conosco, iniciando com minha mãe. É uma valorização não só do nosso trabalho manual, mas também da nossa arte.”
O estilista revela um pouco da inspiração por trás do deslumbrante traje de Lorena. “Nosso design foi inspirado na imagem de uma sereia da Bahia. O vestido, meticulosamente trabalhado à mão ao longo de 15 dias consecutivos, foi posteriormente adornado por Victor Hugo Matos, um artista que admiramos imensamente. O bordado evoca camadas, assemelhando-se às escamas de peixe, como as de uma sereia. É uma peça verdadeiramente especial, carregada de emoção, dedicação e história.”
O evento, sediado na Casa Pia de São Joaquim, recebeu convidados de todo o Brasil em prol das Obras Sociais Irmã Dulce, arrecadando fundos para causas nobres enquanto celebrava a riqueza cultural e artística da Bahia.