Filme sobre Gal não sofreu modificações após a morte da cantora, afirma roteirista

Filme sobre Gal não sofreu modificações após a morte da cantora, afirma roteirista

O filme em homenagem a cantora Gal Costa já estava em produção quando a cantor faleceu, aos 77 anos, no ano passado. Porém, nada impactou no roteiro do longa. De acordo com a diretora de ‘Meu Nome é Gal’, Lô Politi, que esteve presente na pré-estreia no Cine Glauber Rocha, nesta segunda, ‘um filme de ficção não é passível de modificação’.

“O filme estava pronto. Fizemos um recorte muito específico. Mesmo se quiséssemos mudar alguma coisa, não conseguiríamos. Ficamos muito impactados pela morte dela, porém entendemos que havia ali uma vontade muito grande de todo mundo, e nossa também, de ter mais Gal no filme, a Gal real. A nossa Gal era toda ficção do começo ao fim. Então, sentimos uma necessidade de alguma maneira homenagear a Gal de verdade do filme. Por isso voltamos para a ilha do filme, para a montagem do filme, para inserir uma homenagem nossa, mas com uma homenagem meio fora do corpo do filme, porque a dramaturgia não é passível de modificação”, afirmou.

Segundo a roteirista, faz uma homenagem a mulher potente que Gal foi durante a juventude. “O filme mostra essa potência absurda que era essa mulher na juventude e que ninguém sabe, ninguém conhece, entendeu? Então isso já é uma homenagem enorme a ela. A gente acrescentou mais uma camada de homenagem a partir da morte dela, mas o filme não mudou não”.

Com estreia marcada para o dia 12 de outubro, ‘Meu Nome é Gal’, Lô afirma que o longa é uma homenagem a artista baiana e traz relações com as gerações antigas que já conheciam a cantora, mas também as novas gerações que a conheceram ao longo da vida poderão se identificar.

“As novas gerações vão ver na tela uma menina de 20 e poucos anos. Então tem uma identificação óbvia, e isso, é uma mulher de uma potência que as pessoas não têm noção, entende?! Eu acho que ela é muito inspiradora, como força de juventude, como potência de juventude. E assim, é uma coisa tão absolutamente natural isso na Gal, e no filme você vê isso, que ela transforma uma geração de pessoas, especialmente mulheres, com a presença, com a força de expressão dela, com corpo, voz, com presença física, e isso é muito mágico. Isso é muito inspirador quando você é muito jovem, porque tem uma identificação óbvia. Muitos jovens não se interessariam exatamente em ver o filme da Gal com 50, 40, 35 anos que fosse. A mulher é uma deusa, uma mulher de uma importância enorme, entendeu? E é uma história muito, muito interessante. Eu acho que é muito inspirador”, contou.

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