No último sábado (17), o Wet em Salvador recebeu a estreia da turnê Numanice #3 de Ludmilla. A cantora trouxe sua energia e carisma para o palco, e o público baiano respondeu com grande entusiasmo.
Antes do show, Ludmilla conversou com a imprensa e expressou seu vínculo com a Bahia: “Gente, eu não sei o que aconteceu, em que momento a Bahia me abraçou e, na minha cabeça, eu também sou baiana, entendeu? Desde a primeira vez que pisei aqui, foi amor à primeira vista e agora me considero baiana também. Não tinha como estrear melhor a turnê do Numanice do que aqui, nesse lugar que eu amo tanto, que me acolhe, que é caloroso, que é lindo, que é fervo, que é festa, que é alegria. São Salvador, vocês têm meu coração.”
A cantora também discutiu seus planos de levar o Numanice para Lisboa e Miami: “Isso é parte de uma realização pessoal minha. Desde a primeira vez que pisei nos Estados Unidos, sempre tive essa vontade de trazer algo que fosse meu de verdade. Quando lancei esse projeto Numanice, que virou um fenômeno, falei: agora é hora de realizar meus desejos, já que eu posso. E realmente eu vi que eu posso. Os ingressos estão quase todos vendidos e eu tô muito feliz.”
Ludmilla afirmou estar satisfeita com o sucesso do projeto: “Estou muito, muito feliz da vida. Acho que a MC Beyoncé que está dentro de mim está muito feliz com tudo isso que está vendo e acontecendo na minha vida.”
A cantora, que começou sua carreira no funk, explicou o sucesso do projeto de samba: “Eu já imaginava que seria um sucesso, porque quando eu estava criando esse projeto, algumas pessoas próximas a mim estavam fazendo parte desse momento. Eu estava ali experimentando coisas e a galera em volta de mim sempre curtindo e falando ‘Cara, a sua festa é muito boa’, porque, para quem não sabe, esse evento saiu da minha casa. Isso é tipo uma extensão do que acontece na minha casa. Quando estávamos fazendo esse projeto lá em casa, deu muito certo. A mistura, a junção de música boa, dedicação, pessoas do bem trabalhando na equipe, eu acho que não tinha outro caminho, então foi sucesso na certa.”
Ludmilla também revelou planos de regravar músicas marcantes de sua trajetória no pop: “Eu gravei músicas que marcaram minha trajetória no pop e gostei muito da experiência. Pretendo continuar fazendo isso nos próximos.”
A artista comentou ainda sobre seu papel como inspiração para muitas pessoas: “Eu me sinto muito honrada em ocupar esse lugar. Recebo muitos relatos de pessoas pretas que tiveram portas fechadas e usam minha música como válvula de escape e inspiração. Isso volta para mim da melhor maneira possível, porque às vezes eu fico triste, algumas coisas me abalam, mas quando recebo esse tipo de relato é como se fosse uma injeção de ânimo na minha vida. Me sinto muito honrada ocupando esse lugar e estou muito feliz de saber que mais uma vez o público do Numanice é composto, em sua maioria, por pessoas pretas, que merecem esse espaço. Às vezes a galera fala que o ingresso está caro, mas é um evento de qualidade, seguro, com gente bonita, e eles merecem isso. Por mais que nosso país às vezes mostre o contrário, nós merecemos coisas boas. Eu fico muito feliz de proporcionar isso.”
Durante o show, Ludmilla apresentou sucessos como “Maliciosa”, “Maldivas”, “Pique Djavan” e “212”, mantendo o público em constante movimento. A apresentação incluiu uma mistura de ritmos que variou do funk ao samba e contou com a participação de convidados especiais, incluindo a cantora Mari Fernandez, O Kannalha e a banda Olodum.
Com duração de mais de três horas, o show de Ludmilla em Salvador consolidou sua conexão com o público local e marcou o início bem-sucedido da turnê Numanice #3.