Em 2024, foi constatado um aumento de 30% no número de pessoas que conhecem bandas de pagode baiano com mulheres como vocalistas, em comparação a 2019. Esse dado faz parte do relatório da pesquisa “Mulheres no Pagodão”, divulgado nesta segunda-feira (27) no site da Pagode Por Elas, com o objetivo de avaliar o progresso da missão da plataforma de construir a Nova Década do Pagodão.
“Este relatório é uma confirmação importantíssima da Revolução Pagode Por Elas, impulsionada pelas ações e produtos que desenvolvemos com as artistas desde o surgimento da plataforma. Em 2019, estávamos apenas pesquisando o mercado, em 2021 lançamos a minissérie ‘Pagodão: A Cena Por Elas’, e agora em 2024, após o primeiro Festival de Pagodão com line-up composto apenas por mulheres, o Festival Pagode Por Elas”, afirmou a CEO da Pagode Por Elas, Joyce Melo.
Pagode Por Elas (PPE) é uma plataforma dedicada às mulheres do pagodão, especialmente às vocalistas, mas também dançarinas, back-dancers e ao público que esperou essa revolução por mais de 20 anos.
“Sendo o primeiro estudo realizado pela PPE em 2019, a pesquisa ‘Transformações provocadas pela presença de mulheres vocalistas na cena do pagode baiano’ já mostrava que não faltavam mulheres buscando espaço, mas sim oportunidades, reconhecimento e visibilidade. Em 2019, identificamos apenas nove mulheres vocalistas de pagode baiano. Em 2021, esse número mais que dobrou, e hoje são cerca de 30 mapeadas”, destacou Beatriz Almeida, Gerente de Projetos da Plataforma.
Os dados iniciais mostraram que mais de 50% das pessoas não conheciam mulheres vocalistas no pagode e 49,3% queriam ouvir cantoras, mas nunca tiveram a oportunidade. Em 2024, 80,2% conhecem mulheres vocalistas de pagode, e apenas 12,4% disseram ter interesse, mas nunca ouviram.
Além disso, a pesquisa de 2024 revelou que 75% dos entrevistados dão nota 10 para marcas que apoiam o movimento das mulheres no Pagode Baiano, e 52,4% afirmam se sentir representados ao ouvir cantoras de Pagode Baiano.
O Festival Pagode Por Elas foi selecionado pelo edital Natura Musical, através da lei estadual de incentivo à cultura da Bahia (FazCultura), junto com projetos como Cronista do Morro, Os Tincoãs, Ventura Profana e Casa do Hip-Hop Bahia. Até 2021, a plataforma já havia oferecido recursos para 64 projetos musicais no estado, incluindo Margareth Menezes, Jadsa, Mateus Aleluia e Ilê Ayê.
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