“Oppenheimer” é Nolan mostrando o que sabe fazer de melhor: criar uma história que brinca com a dualidade do bem e do mal, tornando os personagens complexos e provando que a mesma pessoa pode ser herói e vilã.
O filme é uma uma cinebiografia de Robert Oppenheimer, um físico teórico americano que é considerado o pai da bomba atômica. Além disso, o roteiro é baseado na biografia de Kai Bird e Martin Sherwin, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, publicada em 2006.
A narrativa é densa, com atuações, fotografia e trilha sonora impecáveis. No entanto, ao decorrer da história torna-se cansativa, então vão preparados para se perder. Apesar disso, entendo a duração de 3 horas, por conta dos detalhes, as explicações e o tanto de acontecimentos. Mesmo, você não sabendo os termos ou sobre a guerra, o espectador consegue mergulhar na história, entender o contexto e os conflitos dos personagens – mas ainda assim é complicada algumas cenas.
A direção se preocupou bastante com a sonoplastia e os efeitos especiais para que a imersão no longa seja completa, é como se fizéssemos parte da mente de Oppenheimer e a loucura, inseguranças e dúvidas que o rodeia. Contudo, as personagens femininas perdem um pouco a força, Florence e Emily dão um show de atuação, mas mereciam um melhor desenvolvimento e destaque, porém isso é um defeito de Nolan em relação a personagens femininas.
“Oppenheimer”, é um excelente filme, que começa com o personagem abrindo os olhos para mostrar o início da sua história e finaliza com ele fechando os olhos como se fosse o fim do ciclo. Além disso, a mescla de pontos de vista: preto e branco representando a visão cética e pragmática de Strauss e o colorido, sendo a mente complexa de Oppenheimer, tudo isso mostra o quanto é surpreendente e cada detalhe foi bem pensado.
Observação: Já prevejo ganhando vários prêmios.